quarta-feira, 30 de maio de 2018

74- Sexo e Herança Genética




Na maioria das espécies, os genes que participam da determinação do sexo do indivíduo estão localizados, em geral, nos cromossomos sexuais, também conhecidos como heterossomos ou alossomos. Os demais cromossomos que não estão envolvidos na determinação do sexo são chamados autossomos.

Em quase todos os vertebrados e em muitos invertebrados em que os sexos são separados, as fëmeas apresentam dois cromossomos sexuais idênticos (XX), e os machos, um cromossomo idêntico ao das fëmeas e outro diferente (XY).

Nos mamíferos, um gene no cromossomo Y leva ao desenvolvimento de testículos, que produzem hormônios masculinos. Na ausência desse gene, formam-se ovários, que produzem hormônios femininos.

O sexo é determinado no momento da fecundação. Se o óvulo for fecundado por um espermatozoide X, o embrião formado originará uma fëmea. Se for um espermatozoide Y, nascerá um macho.

A herança ligada ao sexo responde por diversas enfermidades encontradas em humanos, como o daltonismo, hemofilia ou glaucoma juvenil.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

73-Herança da cor da pele

A cor da pele humana é determinada por uma herança quantitativa genética, caracterizada por dois pares de genes alelos localizados em cromossomos não homólogos, ou seja, um par aleatoriamente indicado por Aa e outro Bb.

Proporcionalmente, os genes dominantes A e B codificam maior produção de melanina na pele em oposição aos respectivos alelos recessivos a e b. A interação entre os quatro tipos proporciona efeitos variados, recebendo os dominantes à denominação de genes efetivos ou aditivos, enquanto os recessivos contribuem apenas para formar uma quantidade mínima de pigmentos melanínicos.

- Quanto maior a proporção de genes dominantes e menor de recessivos na pele, maior a quantidade de pigmentação, sendo a epiderme mais escura;

- Quanto menor a proporção de genes dominantes e maior de recessivos na pele, menor a quantidade de pigmentos, e a epiderme mais clara.

Exemplificação de dois cruzamentos: o primeiro entre indivíduos homozigóticos, um dominante e o outro recessivo (geração P), e o segundo entre indivíduos heterozigóticos (geração F1).

1° cruzamento
                           Geração P→   AABB (negro)   x   aabb (branco)
                           Descendentes→ 100% AaBb (mulato médio)

2° cruzamento
                           Geração F1→   AaBb   x   AaBb

Proporção fenotípica para os descendentes da geração F1:

1 (negro) / 4 (mulato escuro) 6 (mulato médio) / 4 (mulato claro ) / 1 (branco)

Observação: O albinismo, ausência total de melanina, é provocado pela ação de um outro gene, independente dos mencionados.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-cor-pele-na-especie-humana.htm

sexta-feira, 11 de maio de 2018

72 - Sistema Rh

O fator Rh foi descoberto em 1940 por dois pesquisadores: Landsteiner e Wiener. A descoberta veio a partir de observações feitas após colocarem sangue do macaco do gênero Rhesus em coelhos.

Após aplicarem o sangue do macaco, notou-se que o sangue dos coelhos aglutinava. A explicação para essa ocorrência era a existência de um antígeno no sangue do macaco, sendo assim, as cobaias produziam anticorpos contra as hemácias recebidas. Esse anticorpo foi chamado de anti-Rh.

Depois dessas observações, os pesquisadores misturaram o soro dos coelhos com o sangue humano. Percebeu-se aí que cerca de 85% das amostras de sangue humano aglutinava e apenas 15% não. Chamaram de Rh positivos (Rh+) aqueles que aglutinavam e, consequentemente, possuíam antígenos em suas hemácias. Já os que não aglutinaram receberam o nome de Rh negativos (Rh-), pois não possuíam fator Rh em suas hemácias.

O fator Rh é determinado por dois alelos que apresentam dominância completa (R e r). Indivíduos que apresentam um alelo dominante possuem o fator Rh em suas hemácias. Já aqueles que possuem dois alelos recessivos não possuem fator Rh. Observe abaixo um quadro que demonstra a genética do sistema Rh:




Em casos de transfusão de sangue, não podemos observar apenas o sistema ABO, o fator Rh também é fundamental para que seja realizado o procedimento de maneira correta. Quando uma pessoa Rh- recebe sangue Rh+, seu corpo imediatamente inicia a produção de anticorpos anti-Rh. Se ocorrer outra transfusão com Rh+, os anticorpos atacarão as hemácias, fazendo com que elas se rompam. A hemólise pode desencadear a morte.

Existe ainda uma doença denominada eritroblastose fetal, que se caracteriza pelo processo de destruição de hemácias de um feto, mecanismo semelhante ao da transfusão explicada acima. Essa doença ocorre quando uma mãe Rh- gera um filho Rh+. Quando ocorre o contato do sangue da mãe com o do bebê, normalmente no final da gestação, inicia-se o processo de produção de anticorpos. A produção ocorre de maneira lenta e, por isso, a doença ocorre quando uma nova gravidez acontece e o feto possui novamente Rh+, pois nesse momento a quantidade de anticorpos é suficiente para atingir o feto.


Fonte:https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-fator-rh.htm