sexta-feira, 11 de maio de 2018

72 - Sistema Rh

O fator Rh foi descoberto em 1940 por dois pesquisadores: Landsteiner e Wiener. A descoberta veio a partir de observações feitas após colocarem sangue do macaco do gênero Rhesus em coelhos.

Após aplicarem o sangue do macaco, notou-se que o sangue dos coelhos aglutinava. A explicação para essa ocorrência era a existência de um antígeno no sangue do macaco, sendo assim, as cobaias produziam anticorpos contra as hemácias recebidas. Esse anticorpo foi chamado de anti-Rh.

Depois dessas observações, os pesquisadores misturaram o soro dos coelhos com o sangue humano. Percebeu-se aí que cerca de 85% das amostras de sangue humano aglutinava e apenas 15% não. Chamaram de Rh positivos (Rh+) aqueles que aglutinavam e, consequentemente, possuíam antígenos em suas hemácias. Já os que não aglutinaram receberam o nome de Rh negativos (Rh-), pois não possuíam fator Rh em suas hemácias.

O fator Rh é determinado por dois alelos que apresentam dominância completa (R e r). Indivíduos que apresentam um alelo dominante possuem o fator Rh em suas hemácias. Já aqueles que possuem dois alelos recessivos não possuem fator Rh. Observe abaixo um quadro que demonstra a genética do sistema Rh:




Em casos de transfusão de sangue, não podemos observar apenas o sistema ABO, o fator Rh também é fundamental para que seja realizado o procedimento de maneira correta. Quando uma pessoa Rh- recebe sangue Rh+, seu corpo imediatamente inicia a produção de anticorpos anti-Rh. Se ocorrer outra transfusão com Rh+, os anticorpos atacarão as hemácias, fazendo com que elas se rompam. A hemólise pode desencadear a morte.

Existe ainda uma doença denominada eritroblastose fetal, que se caracteriza pelo processo de destruição de hemácias de um feto, mecanismo semelhante ao da transfusão explicada acima. Essa doença ocorre quando uma mãe Rh- gera um filho Rh+. Quando ocorre o contato do sangue da mãe com o do bebê, normalmente no final da gestação, inicia-se o processo de produção de anticorpos. A produção ocorre de maneira lenta e, por isso, a doença ocorre quando uma nova gravidez acontece e o feto possui novamente Rh+, pois nesse momento a quantidade de anticorpos é suficiente para atingir o feto.


Fonte:https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-fator-rh.htm


Nenhum comentário:

Postar um comentário