quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Texto 8- Impacto humano sobre a atmosfera


Desde a Pré-história, as atividades humanas alteram a composição atmosférica, ainda que localmente. Há relatos datados da Antiguidade clássica que registram os efeitos maléficos da fumaça para a saúde humana. Já no século XIII, a poluição em Londres, principalmente devido à queima do carvão, era considerada um problema.

Mas a poluição atmosférica começou a agravar-se com a Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, quando teve início o movimento migratório da população rural em direção às cidades, onde se formou o exército de trabalhadores das indústrias.

A partir da primeira metade do século XX, grande parte da população mundial passou a concentrar-se em cidades, que, por sua vez, ficaram cada vez maiores. Nesses centros urbanos industrializados, a poluição do ar passou a ser um dos mais graves problemas, provocada principalmente pela presença das indústrias e pelo número crescente de automóveis, as duas principais fontes de poluição atmosférica decorrente da atividade humana.

Principais poluentes atmosféricos
De maneira geral, pode-se dizer que o uso de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo e seus derivados, produz os principais poluentes atmosféricos, que são lançados na atmosfera pelos escapamentos de veículos automotores e pelas chaminés das fábricas. Mas outros processos, como as queimadas, também eliminam poluentes atmosféricos.

Entre os principais poluentes atmosféricos destacam-se o monóxido de carbono, os óxidos de nitrogênio e o ozônio.

    




Efeito estufa

O Efeito estufa é o termo que se aplica ao papel que desempenham certos gases como o dióxido de carbono, o metano, o óxido nitroso, os clorofluorcarbonos e o ozônio, presentes na atmosfera, que AQUECEM a superfície terrestre.

Esses gases formam uma camada que impede a dispersão no espaço das radiações solares refletidas pela Terra.

É por esse motivo que a temperatura no planeta é relativamente estável e propícia ao desenvolvimento da vida.

No entanto, devido às atividades humanas (especialmente a queima de combustíveis), aumentos rápidos e significativos na concentração destes gases têm ocorrido nas últimas décadas, causando uma elevação preocupante na temperatura média do planeta. A concentração destes gases praticamente dobrou nos últimos cem anos, fazendo com que a temperatura global aumentasse em 0,5 grau Celsius no mesmo período.



O aumento da temperatura resulta também no aumento da evaporação da água, o que significa mais vapor d’água na atmosfera, agravando o efeito estufa, e assim por diante. Esta situação é ainda agravada pelo elevado nível de desmatamento atualmente existente. A redução na cobertura de florestas reflete também no aumento de CO2 da atmosfera, uma vez que as árvores são eficientes na absorção deste gás, o qual é fundamental para o processo da fotossíntese.

Inversão térmica

A inversão térmica é um fenômeno atmosférico muito comum nos grandes centros urbanos industrializados, sobretudo naqueles localizados em áreas cercadas por serras ou montanhas. Esse processo ocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular por uma camada de ar quente (menos denso), provocando uma alteração na temperatura.
Outro agravante da inversão térmica é que a camada de ar fria fica retida nas regiões próximas à superfície terrestre com uma grande concentração de poluentes. Sendo assim, a dispersão desses poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma camada de cor cinza, oriunda dos gases emitidos pelas indústrias, automóveis, etc.
Esse fenômeno se intensifica durante o inverno, pois nessa época do ano, em virtude da perda de calor, o ar próximo à superfície fica mais frio que o da camada superior, influenciando diretamente na sua movimentação. O índice pluviométrico (chuvas) também é menor durante o inverno, fato que dificulta a dispersão dos gases poluentes.
É importante ressaltar que a inversão térmica é um fenômeno natural, sendo registrada em áreas rurais e com baixo grau de industrialização. No entanto, sua intensificação e seus efeitos nocivos se devem ao lançamento de poluentes na atmosfera, o que é muito comum nas grandes cidades.
Doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações são algumas das consequências da concentração de poluentes na camada de ar próxima ao solo. Entre as possíveis medidas para minimizar os danos gerados pela inversão térmica estão a utilização de biocombustíveis, fiscalização de indústrias, redução das  queimadas e políticas ambientais mais eficazes.





Fonte: Brasil Escola