Para onde vai o lixo produzido pela população?
Há três formas de destinação do lixo: lixão, aterro sanitário e incineração.
Lixão
O lixo é simplesmente depositado em extensas áreas a céu aberto, sem qualquer tipo de tratamento. Sem a impermeabilização, o solo fica exposto à degradação e há risco de contaminação dos lençóis freáticos pelos efluentes produzidos na degradação do lixo quando estes são absorvidos pelo solo.
Além disso, os lixões são freqüentados por famílias de baixa renda que ficam expostas a animais transmissores de doenças e outros riscos.
O lixo depositado em lixões a céu aberto ou em terrenos baldios atrai ratos, baratas, moscas, mosquitos, formigas e escorpiões, entre outros, podendo transmitir doenças como diarréias infecciosas, parasitoses, amebíase etc. Pode ainda permitir o desenvolvimento de larvas de mosquitos vetores de doenças como a dengue e a leishmaniose . Além disso, quando os lixões estão localizados próximos a aeroportos, podem atrair pássaros diversos, principalmente urubus, capazes de provocar acidentes aéreos.
O lixo pode muitas vezes conter materiais perigosos, que oferecem sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente, como baterias de veículos, pilhas e baterias comuns e de celulares, embalagens de produtos químicos, tóxicos e/ou corrosivos etc.
Incineração
O lixo é queimado a elevadas temperaturas (800 a 1.000º C), até ser reduzido a cinzas e escórias. A maior vantagem deste processo é a grande redução do volume de lixo, até 90% do volume inicial. Alem disso, a energia térmica, originada na queima dos resíduos, pode ser aproveitada para aquecimento, através da produção de vapor, ou ser utilizada na produção de energia elétrica, podendo-se recuperar o equivalente a metade da energia dissipada.
Uma central de incineração funcionando corretamente gera detritos sólidos e gases estéreis e não contribui para a poluição ambiental do solo e do ar. As emissões gasosas têm de ser tratadas, devido aos resíduos provenientes dos materiais incinerados.
É uma alternativa cara devido ao seu elevado custo de implantação e ao risco ambiental inerente.
A incineração é alternativa freqüentemente utilizada para o chamado lixo hospitalar, para neutralizar os riscos à saúde da população.
Aterro sanitário
O lixo é depositado em grandes áreas que devem atender a requisitos como o emprego de técnicas de engenharia e normas operacionais específicas para confinar esses resíduos na menor área possível, reduzindo o seu volume ao mínimo, cobrindo-os em seguida com uma camada de terra ou material inerte, tão freqüente quanto se fizer necessário ou ao final de cada jornada de trabalho. É feita a impermeabilização da base e das laterais, sistemas de drenagem de chorume para tratamento, remoção segura e queima dos gases produzidos. Quando o limite de operação do aterro é atingido ele deve ser encerrado, respeitando-se técnicas e precauções a fim de evitar erosão do terreno, observando-se a drenagem de águas superficiais. Para tanto se indica a implantação de áreas verdes, mas o ambiente é inadequado para grande parte dos vegetais, principalmente para aqueles com raízes profundas.
Entretanto, o crescimento das cidades e da produção de lixo aumenta a demanda por novos aterros e é cada vez menor a disponibilidade de áreas adequadas às suas instalações Aterros sanitários distantes dos centros de produção encarecem o serviço de coleta de lixo. Soluções mais efetivas para esse problema devem proporcionar uma mudança de hábitos e a aplicação dos conceitos de REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO e RECICLAGEM.
A REDUÇÃO implica diminuir a produção de resíduos, mediante a diminuição do consumo de produtos e materiais no dia a dia.
A REUTILIZAÇÃO significa prolongar a vida útil de objetos que em geral são descartados após terem sido utilizados apenas uma vez, como envelopes, embalagens plásticas, caixas de papelão, talheres de plástico, etc.
A RECICLAGEM é o reaproveitamento de diversos materiais por indústrias especializadas, para a fabricação de novos produtos. Papel, vidro, metais e diversos tipos de plástico são exemplos de materiais recicláveis.
Os tipos de lixo:
Lixo doméstico
Também chamado de lixo domiciliar ou residencial, é produzido pelas pessoas em suas residências. Constituído principalmente de restos de alimentos, embalagens plásticas, papéis em geral, plásticos, entre outros.
Lixo comercial
Gerado pelo setor terceiro (comércio em geral). É composto especialmente por papéis, papelões e plásticos.
Lixo industrial
Original das atividades do setor secundário (indústrias), pode conter restos de alimentos, madeiras, tecidos, couros, metais, produtos químicos e outros.
Lixo hospitalar
Proveniente de hospitais, farmácias, postos de saúde e casas veterinárias. Composto por seringas, vidros de remédios, algodão, gaze, órgãos humanos, etc. Este tipo de lixo é muito perigoso e deve ter um tratamento diferenciado, desde a coleta até a sua deposição final.
Lixo de limpeza pública
Composto por folhas em geral, galhos de árvores, papéis, plásticos, entulhos de construção, terras, animais mortos, madeiras e móveis danificados.
Lixo nuclear
Decorrentes de atividades que envolvem produtos radioativos, entre outros.
Compostagem: a arte de transformar o lixo orgânico em adubo orgânico
A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo, a que se chama composto, e que pode ser utilizado como adubo.
Composteira:
É uma estrutura própria para o depósito e processamento do material orgânico. Geralmente são feitas em locais pequenos. Neste local é colocado o material orgânico e folhas secas, por cima do monte, para evitar o cheiro ruim.
Veja como fazer uma composteira:
Mais informações:
http://planetaorganico.com.br/site/?p=1223&preview=true
Fonte: Ser Protagonista - Biologia 3
Primeiro Bimestre:
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