sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Texto 35- Epinociclo


Mesmo correspondendo cerca de 28% da área do globo terrestre, o epinociclo (conjunto de ecossistemas terrestres) possui a maior diversidade de espécies. A grande variação climática e o número de barreiras geográficas são fatores determinantes para a formação de novas espécies.

A biosfera pode dividida em BIOMAS que são grandes comunidades adaptadas as condições ecológicas específicas. As condições ecológicas diferentes podem ser a temperatura, quantidade de chuva, umidade, luz, etc. Os principais biomas terrestres são a TUNDRA, a TAIGA, as FLORESTAS TEMPERADAS, as  FLORESTAS TROPICAIS, os CAMPOS E os DESERTOS.

TUNDRA – região ao redor do pólo norte, que permanece gelada a maior parte do tempo. Durante o verão, a neve derrete e surge uma vegetação rasteira (musgo, líquens, capim). Entre os animas, há insetos, pássaros, caribus, lemingues, lebre ártica, raposa polar e lobo ártico.



TAIGA – também chamada de floresta de coníferas, localiza-se ao sul da tundra, em áreas do Canadá, da Sibéria e dos Estados Unidos. Por estar mais perto do equador, recebe maior quantidade de energia solar que a tundra. Há gimnospermas, como o pinheiro e o cedro, e, entre os animais, insetos, aves, lebres, alces, renas, linces, lobos e ursos-pardos.



FLORESTAS TEMPERADAS – localizam-se nas regiões de clima temperado com as quatro estaçoes do ano bem definidas, como algumas áreas dos Estados Unidos, da Europa, da Ásia e da América do Sul.
A maioria das florestas temperadas caracteriza-se pela perda das folhas das árvores no fim do outono, o que reduz a perda de água no inverno. As folhas voltam a crescer na primavera, Por isso essas florestas são chamadas de decíduas ou caducifólias (decíduas ou caducas = que cai). Entre as árvores dominantes, estão o carvalho, o bordo, a nogueira e a faia. Há também musgos, samambaias e arbustos.
Existem vários invertebrados, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, como esquilos, ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás, pumas, lobos, linces, gatos selvagens e raposas.



FLORESTAS TROPICAIS – localizam-se na América Central, no norte da América do Sul, nas partes este e oeste da África central, no sul da Ásia, nas ilhas do Pacífico e no nordeste da Austrália. Nessas regiões, o clima é quente e úmido, com temperatura constante (com média de 27º C) e chuvas freqüentes e abundantes; daí o nome de floresta pluvial tropical.

Ocupando apenas 7% da superfície do planeta, as florestas tropicais contêm mais espécies de plantas e animais que todos os outros biomas juntos. Há uma estratificação vertical, isto é, várias camadas de acordo com a altura das árvores: estratos subterrâneo, do solo, herbáceo, arbustivo e arbóreo. Cada camada apresenta microclimas e fauna próprios. Por causa da grande umidade, vivem nessas florestas grande número de invertebrados que em outras regiões sobrevivem apenas na água.

A maior exuberância do estrato arbóreo explica a quantidade de animais capazes de subir em árvores ou de voar em busca de frutos, sementes ou folhas. Por isso há grande variedade de macacos, pássaros, lagartos, preguiças, cobras e, principalmente, insetos.

O solo de muitas florestas tropicais é formado por uma massa de areia e argila, pobre em nutrientes minerais. Sobre ele há apenas uma fina camada de húmus, originado pela decomposição de restos de plantas e animais. Como se explica, então a riqueza vegetal dessas florestas? No solo, à sombra das árvores e dispondo de muito calor e umidade o ano todo, as bactérias e os fungos se reproduzem rapidamente. Com isso, a decomposição da matéria orgânica e a reciclagem são também muito rápidas e formam-se os nutrientes minerais, imediatamente absorvidos pelas plantas. Assim, os nutrientes estão concentrados nos vegetais e não se acumulam no solo. Daí podermos dizer que a floresta tropical se alimenta dela mesma, isto é, de suas partes mortas.

O desmatamento das florestas tropicais prejudica a reciclagem dos nutrientes minerais e acelera a erosão. Sua queima produz gás carbônico, que aumenta o efeito estufa. Alem disso, reduz-se a transpiração dos vegetais, o que diminui o volume de água disponível para as chuvas. À medida que essas florestas desaparecem, extingue-se também uma ampla variedade de animais e plantas, que formam sua principal riqueza, a biodiversidade.



CAMPOS – localizam-se em regiões tropicais e temperadas que recebem uma quantidade de chuvas intermediária entre o deserto e a floresta. Isso dificulta o desenvolvimento de árvores de grande porte e facilita o surgimento de plantas pequenas, como as gramíneas. Nos campos das regiões tropicais – como a SAVANA, na África e na Austrália, e o CERRADO, na região Centro-Oeste brasileira -, além das gramíneas, há arbustos e árvores esparsas. Nos campos das regiões temperadas surgem vastas extensões de capim, que recebem diferentes nomes: estepes, na Ásia e Europa; pradarias, na América do Norte; pampas, no sul da América do Sul.

A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais herbívoros e, consequentemente, dos carnívoros que deles se alimentam, o que pode ser visto nas savanas da África, onde há antílopes, girafas, zebras, gnus, rinocerontes, leões, guepardos, chacais e hienas, entre outros animais.



DESERTOS – em geral, estão situados em torno de 30º ao norte e ao sul do equador, onde o ar que chega à superfície terrestre é muito seco, em regiões da África ( o deserdo do Saara é o maior do mundo), da Ásia, dos Estados Unidos, do México e da Austrália. As chuvas são raras, o clima é seco e o solo é árido. Na maioria das vezes, o dia é muito quente, com temperatura acima de 40º C, que pode chegar a 54oC. A noite é muito fria, pois por caixa da falta de vapor de água, o calor escapa rapidamente do solo.
Como há pouca água, a vegetação é pobre e esparsa. As poucas plantas que existem estão adaptadas ao clima seco (plantas xerófilas). A funa também é pobre. Além m de roedores (como o rato-canguru), há répteis (lagartos e cobras), insetos (besouros, grilos), aracnídeos (escorpiões) e aves (corujas), entre outros animais.



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