Mesmo correspondendo cerca de 28% da área do globo terrestre, o
epinociclo (conjunto de ecossistemas terrestres) possui a maior diversidade de
espécies. A grande variação climática e o número de barreiras geográficas são
fatores determinantes para a formação de novas espécies.
A biosfera pode dividida em BIOMAS que são grandes comunidades
adaptadas as condições ecológicas específicas. As condições ecológicas
diferentes podem ser a temperatura, quantidade de chuva, umidade, luz, etc. Os
principais biomas terrestres são a TUNDRA, a TAIGA, as FLORESTAS TEMPERADAS,
as FLORESTAS TROPICAIS, os CAMPOS E os
DESERTOS.
TUNDRA – região ao redor do pólo norte, que permanece gelada a maior
parte do tempo. Durante o verão, a neve derrete e surge uma vegetação rasteira
(musgo, líquens, capim). Entre os animas, há insetos, pássaros, caribus,
lemingues, lebre ártica, raposa polar e lobo ártico.
TAIGA – também chamada de floresta de coníferas, localiza-se ao sul da
tundra, em áreas do Canadá, da Sibéria e dos Estados Unidos. Por estar mais
perto do equador, recebe maior quantidade de energia solar que a tundra. Há
gimnospermas, como o pinheiro e o cedro, e, entre os animais, insetos, aves,
lebres, alces, renas, linces, lobos e ursos-pardos.
FLORESTAS TEMPERADAS – localizam-se nas regiões de clima temperado com as quatro estaçoes do ano bem definidas, como algumas áreas dos Estados Unidos, da Europa, da Ásia e da América do Sul.
A maioria das florestas temperadas caracteriza-se pela perda das
folhas das árvores no fim do outono, o que reduz a perda de água no inverno. As
folhas voltam a crescer na primavera, Por isso essas florestas são chamadas de
decíduas ou caducifólias (decíduas ou caducas = que cai). Entre as árvores
dominantes, estão o carvalho, o bordo, a nogueira e a faia. Há também musgos,
samambaias e arbustos.
Existem vários invertebrados, anfíbios, répteis, aves e mamíferos,
como esquilos, ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás, pumas, lobos,
linces, gatos selvagens e raposas.
FLORESTAS TROPICAIS – localizam-se na América Central, no norte da
América do Sul, nas partes este e oeste da África central, no sul da Ásia, nas
ilhas do Pacífico e no nordeste da Austrália. Nessas regiões, o clima é quente
e úmido, com temperatura constante (com média de 27º C) e chuvas freqüentes e
abundantes; daí o nome de floresta pluvial tropical.
Ocupando apenas 7% da superfície do planeta, as florestas tropicais
contêm mais espécies de plantas e animais que todos os outros biomas juntos. Há
uma estratificação vertical, isto é, várias camadas de acordo com a altura das
árvores: estratos subterrâneo, do solo, herbáceo, arbustivo e arbóreo. Cada
camada apresenta microclimas e fauna próprios. Por causa da grande umidade,
vivem nessas florestas grande número de invertebrados que em outras regiões
sobrevivem apenas na água.
A maior exuberância do estrato arbóreo explica a quantidade de animais
capazes de subir em árvores ou de voar em busca de frutos, sementes ou folhas.
Por isso há grande variedade de macacos, pássaros, lagartos, preguiças, cobras
e, principalmente, insetos.
O solo de muitas florestas tropicais é formado por uma massa de areia e
argila, pobre em nutrientes minerais. Sobre ele há apenas uma fina camada de
húmus, originado pela decomposição de restos de plantas e animais. Como se
explica, então a riqueza vegetal dessas florestas? No solo, à sombra das
árvores e dispondo de muito calor e umidade o ano todo, as bactérias e os
fungos se reproduzem rapidamente. Com isso, a decomposição da matéria orgânica
e a reciclagem são também muito rápidas e formam-se os nutrientes minerais,
imediatamente absorvidos pelas plantas. Assim, os nutrientes estão concentrados
nos vegetais e não se acumulam no solo. Daí podermos dizer que a floresta
tropical se alimenta dela mesma, isto é, de suas partes mortas.
O desmatamento das florestas tropicais prejudica a reciclagem dos
nutrientes minerais e acelera a erosão. Sua queima produz gás carbônico, que
aumenta o efeito estufa. Alem disso, reduz-se a transpiração dos vegetais, o
que diminui o volume de água disponível para as chuvas. À medida que essas
florestas desaparecem, extingue-se também uma ampla variedade de animais e
plantas, que formam sua principal riqueza, a biodiversidade.
CAMPOS – localizam-se em regiões tropicais e temperadas que recebem
uma quantidade de chuvas intermediária entre o deserto e a floresta. Isso
dificulta o desenvolvimento de árvores de grande porte e facilita o surgimento
de plantas pequenas, como as gramíneas. Nos campos das regiões tropicais – como
a SAVANA, na África e na Austrália, e o CERRADO, na região Centro-Oeste
brasileira -, além das gramíneas, há arbustos e árvores esparsas. Nos campos
das regiões temperadas surgem vastas extensões de capim, que recebem diferentes
nomes: estepes, na Ásia e Europa; pradarias, na América do Norte; pampas, no
sul da América do Sul.
A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais
herbívoros e, consequentemente, dos carnívoros que deles se alimentam, o que
pode ser visto nas savanas da África, onde há antílopes, girafas, zebras, gnus,
rinocerontes, leões, guepardos, chacais e hienas, entre outros animais.
DESERTOS – em geral, estão situados em torno de 30º ao norte e ao sul
do equador, onde o ar que chega à superfície terrestre é muito seco, em regiões
da África ( o deserdo do Saara é o maior do mundo), da Ásia, dos Estados
Unidos, do México e da Austrália. As chuvas são raras, o clima é seco e o solo
é árido. Na maioria das vezes, o dia é muito quente, com temperatura acima de
40º C, que pode chegar a 54oC. A noite é muito fria, pois por caixa da falta de
vapor de água, o calor escapa rapidamente do solo.
Como há pouca água, a vegetação é pobre e esparsa. As poucas plantas
que existem estão adaptadas ao clima seco (plantas xerófilas). A funa também é
pobre. Além m de roedores (como o rato-canguru), há répteis (lagartos e
cobras), insetos (besouros, grilos), aracnídeos (escorpiões) e aves (corujas),
entre outros animais.
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