terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Texto 51- Projeto genoma humano

Iniciado em 1990, o Projeto Genoma Humano procura descobrir a posição de cada gene no cromossomo (mapeamento) e estabelecer a sequencia de bases de cada gene (seqüenciamento).
Em abril de 2003 foi estabelecida a sequencia de bases de 99,99% dos cerca de 3,2 bilhões de pares de nucleotídeos que compõem os genes humanos. Desse total, a diferença de DNA entre dois seres humanso é muito pequena – menos de 0,2% - , mesmo que sejam pessoas de grupos étnicos diferentes. Essa é uma prova de que o conceito de raça é biologicamente insustentável.
Calcula-se que haja entre 20 mil e 25 mil genes que codificam proteínas, mas há entre esses genes grande sequencia de nucleotídeoss repetidos, que parecem sem sentido. Nesse DNA podem estar pedaços herdados de outros organismos alojados como “parasitas” no meio do genoma. Mas devem estar também genes controladores da expressão dos outros genes. Além disso, o RNA-m sintetizado pelo DNA pode ser “cortado” e “recombinado”, formando novas moléculas, o que faz com que um gene possa produzir mais de uma proteína.



Vejamos algumas aplicações do Projeto Genoma Humano:
- Permitir a identificação dos genes que causam ou que contribuem para doenças genéticas ou para o câncer, aumentando a capacidade de diagnosticar doenças na fase inicial por meio de testes genéticos e a probabilidade de cura. Cerca de 50 alterações em genes que provocam câncer já são conhecidas.
- Ajudar no aconselhamento genético, que analisa as chances de um casal transmitir doenças hereditárias para o filho. Dessa forma, é possível depois dos exames pré-natais, avaliar as doenças que poderão ser transmitidas aos filhos e as formas de evitá-las ou tratá-las desde cedo.
- Descobrir mais sobre o funcionamento do gene, e até a forma como ele controla ou influencia diversas características. Desse modo, podemos compreender melhor as causas do envelhecimento, da obesidade e de muitas doenças.
- Ajudar a descobrir a sequencia de aminoácidos de várias proteínas, o que permitiria entender melhor sua função e criar novos medicamentos. É o estudo do proteoma.
- Criar drogas específicas para cada tipo de doença e de indivíduo, aumentando sua eficácia e reduzindo os efeitos colaterais. A dose de um medicamento pode ser indicada com base no ritmo do metabolismo da pessoa, que pode ser avaliado por testes genéticos.
- Analisar o grau de parentesco evolutivo entre as espécies (metade do genoma do ser humano é igual ao da mosca-das-furtas) e entre grupos de populações, criando árvores genealógicas, compreendendo melhor a evolução dos grupos e das espécies. O exame de ancestralidade genômica é capaz de revelar as origens de uma pessoa.
- Facilitar o desenvolvimento de plantas e animais transgênicos.

Assista o vídeo: Projeto genoma



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