Iniciado em 1990, o Projeto
Genoma Humano procura descobrir a posição de cada gene no cromossomo
(mapeamento) e estabelecer a sequencia de bases de cada gene (seqüenciamento).
Em abril de 2003 foi estabelecida
a sequencia de bases de 99,99% dos cerca de 3,2 bilhões de pares de
nucleotídeos que compõem os genes humanos. Desse total, a diferença de DNA
entre dois seres humanso é muito pequena – menos de 0,2% - , mesmo que sejam
pessoas de grupos étnicos diferentes. Essa é uma prova de que o conceito de
raça é biologicamente insustentável.
Calcula-se que haja entre 20 mil
e 25 mil genes que codificam proteínas, mas há entre esses genes grande
sequencia de nucleotídeoss repetidos, que parecem sem sentido. Nesse DNA podem
estar pedaços herdados de outros organismos alojados como “parasitas” no meio
do genoma. Mas devem estar também genes controladores da expressão dos outros
genes. Além disso, o RNA-m sintetizado pelo DNA pode ser “cortado” e
“recombinado”, formando novas moléculas, o que faz com que um gene possa
produzir mais de uma proteína.
Vejamos algumas aplicações do
Projeto Genoma Humano:
- Permitir a identificação dos
genes que causam ou que contribuem para doenças genéticas ou para o câncer,
aumentando a capacidade de diagnosticar doenças na fase inicial por meio de testes
genéticos e a probabilidade de cura. Cerca de 50 alterações em genes que
provocam câncer já são conhecidas.
- Ajudar no aconselhamento
genético, que analisa as chances de um casal transmitir doenças hereditárias
para o filho. Dessa forma, é possível depois dos exames pré-natais, avaliar as
doenças que poderão ser transmitidas aos filhos e as formas de evitá-las ou
tratá-las desde cedo.
- Descobrir mais sobre o
funcionamento do gene, e até a forma como ele controla ou influencia diversas
características. Desse modo, podemos compreender melhor as causas do
envelhecimento, da obesidade e de muitas doenças.
- Ajudar a descobrir a sequencia de
aminoácidos de várias proteínas, o que permitiria entender melhor sua função e
criar novos medicamentos. É o estudo do proteoma.
- Criar drogas específicas para
cada tipo de doença e de indivíduo, aumentando sua eficácia e reduzindo os
efeitos colaterais. A dose de um medicamento pode ser indicada com base no
ritmo do metabolismo da pessoa, que pode ser avaliado por testes genéticos.
- Analisar o grau de parentesco
evolutivo entre as espécies (metade do genoma do ser humano é igual ao da
mosca-das-furtas) e entre grupos de populações, criando árvores genealógicas,
compreendendo melhor a evolução dos grupos e das espécies. O exame de
ancestralidade genômica é capaz de revelar as origens de uma pessoa.
- Facilitar o desenvolvimento de
plantas e animais transgênicos.
Assista o vídeo: Projeto genoma
Saiba mais:
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