Organismos nos quais foi
introduzido DNA de outra espécie ou DNA modificado da mesma espécie são
chamados ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (OGM) ou TRANSGÊNICOS.
Hoje já existem milhares de
cobaias transgênicas, geneticamente propensas a vários tipos de doenças,
importantes para a pesquisa de novos medicamentos. Também há animais
transgênicos com genes humanos para produção de determinadas substâncias, como
as cabras transgênicas que produzem no leite, fatores para a coagulação do
sangue.
Um tipo de planta transgênica
resistente a pragas foi criado utilizando um gene de uma bactéria do solo,
capaz de produzir a toxina Bt, inofensiva ao ser humano, mas que mata lagartas
e outros insetos (ele morrem quando começam a comer o vegetal). O gene para a
toxina tem sido transplantado para tomate, milho, algodão e batata.
Outro exemplo é a variedade de
soja e de algodão com o gene de uma bactéria que produz uma enzima capaz de destruir
o glifosato. Essa substância é um
herbicida, isto é, destrói ervas daninhas que prejudicam a agricultura, mas
também ataca as plantas cultivadas. A soja e o algodão transgênicos não sofrem
sua ação porque possuem aquela enzima. Desse modo, somente as ervas daninhas
são destruídas e as plantas cultivadas não são prejudicadas.
Vantagens e desvantagens de transgênicos:
Os alimentos transgênicos tem causado uma grande discussão em torno de sua vantagens e desvantagens. Dada a própria novidade da tecnologia da engenharia genética, os efeitos que os transgênicos poderão causar no organismo humano e no meio- ambiente , positivos ou negativos, a médio e a longo prazo ainda não são muito bem conhecidos. Por meio de estudos e pesquisas pode-se relacionar algumas vantagens e desvantagens.
Vantagens dos alimentos transgênicos
-Por meio da técnica de alimentos transgênicos pode-se enriquecer os alimentos com componentes nutricionais essenciais que as vezes a planta não produz ou produz em baixa quantidade. Um exemplo disso seria um feijão geneticamente modificado com a inserção de gene da castanha do para com a intenção de que o feijão passe a produzir metionina, um aminoácido de extrema importância em nossa vida.
-Pode- se fazer um balanceamento nos nutrientes do alimento, proporcionando uma melhor dieta ao se consumir o mesmo.
-Pode-se também retirar algum componente do alimento. Um bom exemplo seria a retirada da lactose do leite, com o propósito de atender a população que tem alergia a esta substância.
-O alimento pode ter a finalidade de prevenir, reduzir e evitar riscos de certas doenças. Isso pode ser feito ao se modificar a planta geneticamente de modo que ela venha a produzir vacinas. Pode - se utilizar também antígenos, como por exemplo, em iogurtes ao se fermenta- los com organismos geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico.
-Reduzir ao máximo o uso de agrotóxicos, e se possível chegar a eliminar a necessidade da utilização dos mesmos. Com isso a planta fica mais forte, podendo resistir a ataque de insetos, e processos naturais como seca e geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um exemplo deste tipo de modificação pode ser visto na fabricação dos queijos e pães, onde um microorganismo geneticamente modificado produz enzimas necessárias durante a produção destes alimentos, reduzindo o preço de custo dos mesmos. Isso também aumenta o grau de pureza e especificidade das enzimas, o que é vantajoso para as indústrias.
-O aumento da produtividade agrícola por meio do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e que agridam menos o meio ambiente.
-Pose-se conseguir aumentar o tempo de validade dos produtos.
-Pode-se fazer com que a planta adquira genes que façam com que o seu período de desenvolvimento seja mais curto, o que determina uma colheita rápida e um aumento na produtividade, sem que haja um aumento no preço do produto final.
Desvantagens dos alimentos transgênicos
-Efeitos tóxicos a partir da sintese de substâncias indesejáveis. Isso pode ocorrer devido a uma perda no controle de alimentos transgênicos, fazendo com que outros alimentos sejam afetados, o que prejudicaria outras espécies de plantas, além de animais, causando um desequilíbrio ecológico com conseqüências imprevisíveis. Um exemplo disso é o caso do estudo comandado pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, sobre a enorme mortalidade de borboletas Monarch após serem alimentadas com o pólen do milho geneticamente modificado Bt. Losey, depois que houve falhas de controle em sua experiência.
-O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados, uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados. No caso da soja modificada, tem-se o receio de que a substância EPSPS provoque efeitos inesperados no organismo dos consumidores, como alergias ou outro tipo de doença. Mesmo que o gene tenha sido preparado em laboratório para funcionar apenas nas folhas, a parte comestível da planta, não há como garantir que eles atuarão da forma programada.
-A falta da variabilidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo, o que pode vir a ocorrer em cultivos de plantas transgenicas. Quanto maior for a variedade genética no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades.
-Novas proteínas que causam reações alérgicas podem entrar nos alimentos. Transferidas de um alimento para outro, as proteínas podem conferir à nova planta as propriedades alérgicas do doador. As pessoas normalmente identificam os produtos que as afetam. Porém com a transferência das proteína alérgica de um produto para o outro sem o previo conhecimento, se perde a identificação e a pessoa só vai descobrir o que lhe fez mal após a ingestão do alimento com a substancia que lhe causa alergia.
-A alteração na quantidade de nutrientes do alimento, pode interferir na sua absorção pelo metabolismo do homem.
-Pode ocorrer a transferência da resistência a antibióticos para bactérias presentes no intestino de humanos e animais, pois os genes antibiótico-resistentes contidos nos alimentos transgênicos podem passar sua característica de resistência para as pessoas e animais, o que poderia gerar a anulação da efetividade de antibióticos nos mesmos.
-Algumas plantas de cultivo para alimentação, estão sendo modificadas para produzir produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.
-Essas alterações genéticas podem causar um intenso desequilíbrio ecológico. Alguns cientista acham que pode vir a ocorrer o emprobrecimento da biodiversidade, uma vez que a hibridação das plantas modificadas com outras variedade pode criar “super pragas” e plantas “mais selvagens”, provocando a eliminação de espécies e insetos benéficos ao equilíbrio ecológico do solo. O conseqüente uso mais intensivo de agrotóxicos pode ainda causar o desenvolvimento de plantas e animais resistentes a uma ampla gama de antibióticos e agrotóxicos. Substancias tóxicas que podem ser produzidas como subprodutos podem afetar outros seres, quebrando a harmonia em todo o ecossistema envolvido.
Fonte: http://transgeniaemvegetais.blogspot.com.br/2010/08/vantagens-e-desvantagens-de.html
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